Energia Solar Ganha Força na Matriz Energética Brasileira com Recordes em 2024
O Brasil está consolidando sua posição como um dos líderes globais na geração de energia solar, com um crescimento impressionante em 2024. De acordo com a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), o país alcançou a marca de 52,2 gigawatts (GW) de potência instalada, um aumento de 30% nos investimentos em comparação com 2023, totalizando R$ 54,9 bilhões. Esse avanço reflete a crescente adoção de fontes renováveis, com a energia solar respondendo por 21,3% da matriz energética nacional, superando a eólica e se consolidando como a segunda maior fonte de energia do país, atrás apenas da hidrelétrica.
Geração Distribuída e Centralizada: Motores do Crescimento
O setor solar brasileiro é impulsionado por dois pilares: a geração distribuída (GD) e a geração centralizada. A geração distribuída, que inclui sistemas instalados em residências, comércios e indústrias, representou 67,3% da capacidade solar em 2024, com 35 GW operacionais. Essa modalidade beneficia cerca de 4,6 milhões de consumidores, com 3,1 milhões de sistemas conectados à rede, permitindo economia significativa na conta de luz. Já a geração centralizada, composta por grandes usinas solares, adicionou 5,7 GW no último ano, alcançando 17,2 GW. Essas usinas, concentradas principalmente no Nordeste e em Minas Gerais, são estratégicas para atender grandes demandas industriais e fortalecer o Sistema Interligado Nacional (SIN).
Recordes e Investimentos
Em 2024, o Brasil registrou oito novos recordes de geração solar, com destaque para o Nordeste, onde a produção atingiu 9.760 MW em junho, correspondendo a 84,5% da demanda energética da região em um único dia. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aponta que 73,5% do aumento de 7.946 MW na capacidade total de geração elétrica do país em 2024 veio de usinas solares fotovoltaicas, com 157 novos empreendimentos centralizados, 71% deles localizados no Nordeste.
Os investimentos também acompanham esse crescimento. Desde 2012, o setor solar atraiu mais de R$ 189,3 bilhões, gerando cerca de 1,1 milhão de empregos e evitando a emissão de 47,7 milhões de toneladas de CO2. Projetos como o Complexo Solar Janaúba, em Minas Gerais, com 1,2 GW de capacidade, e o Conjunto Solar São Gonçalo, no Piauí, com 864 MW, exemplificam o potencial das grandes usinas. Além disso, inovações como usinas flutuantes, como a instalada no reservatório da UHE Santa Clara, no Paraná, mostram a versatilidade da tecnologia.
Desafios e Perspectivas para 2025
Apesar do avanço, o setor enfrenta desafios, como a necessidade de melhorias na infraestrutura de transmissão para acompanhar a rápida expansão da geração solar. A Absolar destaca que cancelamentos de projetos por distribuidoras e a falta de ressarcimento por cortes de geração renovável podem limitar o crescimento. Ainda assim, as perspectivas para 2025 são otimistas, com previsão de acréscimo de 12,5 GW, elevando a capacidade total para 64,7 GW. A geração distribuída, especialmente em comunidades solares em estados como São Paulo, Minas Gerais e Paraná, deve continuar crescendo, democratizando o acesso à energia renovável.
Um Futuro Sustentável
Com condições climáticas favoráveis e incentivos governamentais, como os R$ 146 bilhões direcionados para energia solar e eólica pelo governo federal, o Brasil está no caminho para se tornar o quinto maior mercado solar do mundo até 2032, segundo a consultoria Wood Mackenzie. A energia solar não só reduz a dependência de fontes fósseis, mas também promove desenvolvimento econômico e social, gerando empregos e benefícios ambientais.
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